Temer dará foro privilegiado a Moreira Franco para protegê-lo na Lava Jato


Será repetida a novela Dilma-Lula-Casa Civil?


A famosa operação “amaciamento” de Dilma, que tentou nomear Lula como ministro da Casa Civil, pode-se repetir no governo Temer (em benefício de Moreira Franco).
Desde setembro/16 está na mesa do presidente Temer o texto que transforma a Secretaria Executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) – ocupada por Franco – em ministério.
Isso daria para Franco o status de ministro (com direito a foro privilegiado no STF). Assim ele se livraria da jurisdição de Curitiba (nas várias acusações de corrupção).
O secretário executivo está descontente por não ter cargo de ministro, mesmo sendo um dos mais próximos colaboradores de Michel Temer. O governo passaria a ter 26 ministérios (depois da dieta, aos poucos eles vão engordando).
Se o foro privilegiado for dado a Moreira Franco (para ajudá-lo na Lava Jato), Temer repetirá Dilma, que tentou fazer de Lula ministro da Casa Civil.
A operação “amaciamento” (anterior) foi barrada por Gilmar Mendes (no STF).
Cunha, desde sua cassação (12/9/16), vem falando que Moreira Franco faz parte do clube da cleptocracia brasileira. Teria recebido propinas no projeto Porto Maravilha-RJ. Cunha, nesse caso, teria abocanhado R$ 52 milhões (Estadão 17/9/16). Franco é um dos “cérebros” do governo Temer.

Afirma-se que um dos capítulos do livro de Cunha vai cuidar exclusivamente de Moreira Franco (ver Lauro Jardim, O Globo), que também teria recebido R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht (há delação nesse sentido de um executivo da empresa).

Cunha entende que foi derrubado do poder por conspiração de Moreira Franco e Rodrigo Maia (presidente da Câmara e genro de M. Franco).
Seguramente vários mandados de segurança estão sendo preparados para impedir a manobra. O próprio Ministério Público tomará as medidas cabíveis.
Na Nova República, sai governo e entra governo e as práticas cleptocratas não mudam.
Cleptocracia não significa apenas ladrões e corrupção no governo (desencadeada pelas elites dominantes de políticos, altos administradores, empresários e banqueiros), senão também o apoio, o fomento e o acobertamento das instituições ao enriquecimento ilícito e à impunidade das castas dirigentes.
É em torno da instituição da Presidência da República (dos governos dos Estados e dos prefeitos) que gira a cleptocracia brasileira (que desvia da nação cerca de R$ 400 milhões por dia). 

Ver Comentário: <http://bit.ly/2enRRqz>

Comentários

  1. “Se o foro privilegiado for dado a Moreira Franco (para ajudá-lo na Lava Jato), Temer repetirá Dilma, que tentou fazer de Lula ministro da Casa Civil. A operação “amaciamento” (anterior) foi barrada por Gilmar Mendes (no STF).”
    Só a arrogância ou a ingênua submissão ao discurso manipulador da grande mídia que serve a interesses partidário-ideológicos, ou à perspectiva de estreitamento das relações sociais ao horizonte diminuto do direito e, pois, reducionismo dos fatos políticos, econômicos e sociais à lente estreita e curta do aparelho jurisdicional e de seus agentes, justificariam esta falsa proposição que pretende igualar a situação de Lula à de Moreira Franco!
    Nem as relações entre Dilma e Lula se assemelham à de Temer e Franco e nem o contexto e suas motivações obedecem à mesma ordem de impulso e de fins estratégicos.
    Desde agosto de 2015, quando ficou evidenciado o objetivo da aliança Cunha-Aécio no sentido de impedir que Dilma pudesse exercer o mandato presidencial que conquistou nas urnas, que o nome de Lula foi incluído na agenda da reforma ministerial de Dilma, como alternativa à governabilidade (suprir a deficiência de Dilma nas relações políticas, principalmente com o Congresso – já controlado por Cunha).
    Fazer tábula rasa desses fatos que atendiam a um imperativo político, implica atitude intelectual preconceituosa travestida de discurso técnico-científico. Nega a Lula o protagonismo político que construiu historicamente com sua mundialmente reconhecida habilidade política. Nessa linha, toma-se o grande líder como um covarde ou medroso – sem nenhum dado empírico extraído da história desse agente que se notabilizou exatamente pela capacidade de enfrentar e resistir a atos de ataques e perseguições dentro de relações em que é tratado como inimigo. A história e a postura de Lula no curso da guerra que contra ele as forças conservadoras do Congresso, da Mídia e do Judiciário estão cometendo desde a eleição de 2014, com o objetivo de aniquilar com a sua liderança e com o Partido dos Trabalhadores.
    Não é a Lava-Jato que orienta as condutas de Lula. É o compromisso que ele tem com a história da libertação do Brasil! Não é o medo! É a coragem que está atuando em todos os impulsos de seu comportamento político.
    Lula tem - insistentemente, corajosamente, honestamente, objetivamente e coerentemente – desafiado o sistema de controle social de condutas a agir em conformidade com as regras do jogo penal e processual penal conforme as conquistas da ciência do direito na modernidade. No último pronunciamento, exigiu respeito e seriedade.
    Chega de análise de umbigo, afoita, preconceituosa e irresponsável.
    Torço para que Luiz Flávio Gomes entenda esse recado. Se quiser ser levado a sério por seus leitores e admiradores!

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