Janes e Jambres teriam sido líderes egípcios que fizeram
oposição a Moisés, desde quando este demonstrava com seu cajado estar
ungido pelo poder de Deus – realizando milagres e profetizando
calamidades –, até quando conseguiram induzir os judeus (amedrontados com as
mudanças que levavam a um futuro incerto) a construir e adorar um bezerro de
ouro no deserto.
A origem e o significado de cada um desses nomes é tema não
consensual. Alguns afirmam que ‘Janes e Jambres’ vem do aramaico
e significa “o que seduz e o que provoca rebelião”.
Moisés demonstrou através da realização de milagres
extraordinários que estava comissionado pelo próprio Deus. Mas, Janes e Jambres
se apresentaram ao Faraó e fizeram magias que imitavam os milagres genuínos do
cajado de Moisés. Mas, as magias eram ilusões de ótica, uma manipulação
produzida pela eloquência de palavras enganadoras (Êxodo 7:11-22; 8:7).
Por esse motivo, o missionário Paulo citou os nomes
de Janes e Jambres, cujo exemplo era bastante conhecido entre os
judeus. O apóstolo utilizou as figuras de Janes e Jambres para se
referir a falsos mestres e falsos líderes de seu tempo. O objetivo principal da
narrativa era: advertir Timóteo contra falsos religiosos, enganadores e
corruptores, semelhantes à Janes e Jambres. Os adversários de Timóteo eram pessoas que “tinham
a mente corrupta”, “a conduta orientada pelo ódio”, “motivadas
por um espírito de destruição”, objetivando impedir o alcance do bem coletivo.
Está claríssimo. Janes e Jambres representam
um tipo de pessoas que não ficaram restritas ao Egito ou ao deserto quando se
visava desviar a marcha dos judeus rumo à Salvação. Também, não foram detidos pela advertência do
apóstolo Paulo no período em que ameaçavam o avanço da Igreja Primitiva. Pessoas semelhantes a falsos mestres
e perniciosos líderes, como Janes e Jambres, existem
até hoje e com o mesmo objetivo: usam em suas falas
o santo nome de Deus, mas, na sua prática, demonstram a
verdade: são inimigos da Orientação de Deus.
Mas, a boa notícia é que eles “não irão muito longe,
porque sua loucura será óbvia a todos, como também se deu com aqueles”
(2 Timóteo 2:9), isto é, com Janes e Jambres.
Infelizmente, o conjunto semiótico da fala do General Paulo
Sérgio Nogueira de Oliveira, no Dia do Soldado,
ainda deixa margens de dúvidas sobre a questão central deste momento da
vida brasileira: a loucura dos conservadores – que pretendem a ruptura
do Executivo com o Judiciário e parte do Legislativo, mediante a construção
intencional de conflitos institucionais e desordens socioeconômicas que
‘justifiquem’ ao Comandante Supremo das Forças Armadas convoca-las para cumprir
a missão delegada pelo CF 142 (garantia de funcionamento dos poderes
constitucionais, da Lei e da ordem) – está óbvia para todos, civis e militares da ativa?
Ou apenas para os que desejam a normalidade, a paz e o
equilíbrio da vida dos brasileiros, pelo menos até as eleições de 2022?
Comentários
Postar um comentário