A EXPERIÊNCIA DE LULA E O DESESPERO DE FHC PROMETENDO DIAS MELHORES PARA O BRASILEIRO




DEU NO 247 – "Depois da pesquisa Datafolha que apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticamente eleito para um terceiro mandato, se o Brasil vier a ter eleições abertas e limpas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos principais articuladores dos golpes sequenciais de 2016 (derrubada da presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade) e 2018 (condenação de Lula sem provas), sugere que o problema nacional é o eleitor.  'A Pátria precisa tanto de líderes como de instituições. E, principalmente, de um eleitorado que leve ao poder quem tenha visão de País e do mundo e, sustentando os valores da decência e da democracia, possa oferecer maior bem-estar ao povo', diz ele. O povo, no entanto, quer Lula."


Na verdade, pelas características do sistema político brasileiro, FHC está afirmando que “2018 precisa de um marqueteiro que faça o eleitorado colocar no governo um candidato compromissado com o neoliberalismo tupiniquim e subordinado aos donos do mundo”. Esta necessidade decorre do fato de ter havido quebra da expectativa de desordem pelo levante das massas depois da condenação de Lula pelo TRF4.

A esquerda não tinha essa expectativa de levante. Os movimentos sociais experimentam dificuldade para mobilizar. As lideranças partidárias de esquerda preferem monitorar a derrocada do projeto neoliberal, cientes de que os mercados estão necessitando de um pretexto para colocar o exército na parada.  Então, melhor ficar quieto que por si só cai o teto.

Por aí se vê que a frustração com a falta de agitação nas ruas, apontada por FHC, diz com aqueles segmentos que estão de acordo com o veredicto dos juízes, mas em desacordo com a capacidade de resistência de Lula e de persistência do seu eleitorado, as duas circunstâncias que sustentam sua candidatura.

A expectativa de desordem que interessa à direita autoritária deslocou-se para o momento seguinte a uma esperada prisão de Lula.  Mas, a esperança da direita democrática permanece viva com a simples condenação e respectiva pena que foi majorada para evitar a prescrição.

Do mais, o TSE cuidará. Aquilo que interessa mesmo aos neoliberais é a eleição de 2018 sem a participação de Lula.  

Para FHC, com a ajuda da Ficha Limpa limpando o caminho, o desafio presente dos partidos e dos candidatos não impedidos pelo TRF4, STJ, TSE e STF é produzir pesquisas para descobrir o que a maioria do eleitorado está sentindo no presente e desejando para o futuro, sabendo desde logo que a questão central não é mais a inflação; atualmente, a visão do País revela que é o desemprego.  Portanto, o tema da mensagem para ganhar o eleitor é a promessa de crescimento da economia associada aos velhos e batidos discursos de acabar com a insegurança pública e com a corrupção no governo.  É aí que estaria a sensibilidade do povo - estimulada pela mídia.

Na visão de FHC, o agito deste momento é disputa de gatos pingados, militância engajada nas redes sociais e nas ruas; diz que a grande maioria do eleitorado está ligada no BBB e no Sílvio Santos.   A maioria das pessoas só vai se ligar nas eleições num futuro bem à frente.  Ali, no movimento que vai ser deflagrado pela grande mídia orientada pelo calendário eleitoral, o eleitorado vai ser orientado a avaliar, ao modo da influência manipuladora das notícias de jornais, as possibilidades de dias melhores que o marqueteiro de cada candidato vai projetar na telinha da propaganda eleitoral gratuita, produzindo sonhos para alimentar falsas esperanças. 

E aqui está antecipado o desespero dos conservadores e neoliberais. Lula não poderá estar livre para exibir a realidade: o volume agigantado do trabalho que ele fez para melhorar vida de todos os brasileiros. 

Para os adversários de Lula, isto sim, seria  uma grande covardia.  A condenação encomendada para servir de lâmina na guilhotina da Ficha Limpa, não; para os que tem medo de encarar o 'apedeuta' de frente, o nome disto é justissa!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A fala solidária de Lula e a distorção ampliada por Netanyahu

O Despacho liminar de Alexandre de Moraes e a cantilena de Silas Malafaia

De Colarinhos Brancos a Pescoços Pretos