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O cerco permanente e a Intervenção Humanitária emergencial

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Desde que, liderados por Toussaint Louverture, os negros haitianos venceram as tropas francesas no Caribe, Napoleão Bonaparte – derrotado na batalha de Vertieres, em 1803 – reagiu ao decreto do governo Louverture (que ratificou a abolição da escravatura e proclamou a igualdade jurídica do conjunto da população como pilares da independência do Haiti), decretando um cerco geral e permanente ao País, que dura até hoje:  bloqueio econômico, autorização para invasões estrangeiras aos canaviais e garantindo, diplomática e militarmente, o isolamento político do Haiti. A história nunca escondeu os principais objetivos das medidas permanentes do governo francês, após perder na guerra   o controle de sua próspera colônia:   1) a necessidade de impedir a transformação econômica do Haiti (sua liberalização no quadro das nações) e de obrigar a ilha a cumprir seu papel na divisão internacional do trabalho; (2) controlar o seu comércio exterior; (3) impedir o pagamento da sua dívida externa;